Uma
pesquisa mostrou que 79% dos pais oferecem aos filhos, com idade entre 1 e 4
anos, uma quantidade de comida que seria adequada para alimentar um adulto
Por Da
redação / Veja
A pesquisa mostrou que a
maioria dos pais exagera na porção de comida dada aos filhos pequenos e
frequentemente dá e eles alimentos pouco saudáveis como balas e batata frita.
Entretanto, apenas 25% se preocupa com a possibilidade das crianças se tornarem
adultos obesos. (Thinkstock/VEJA/VEJA)
Os pais estão alimentando
os filhos em excesso e isso pode aumentar o risco de obesidade. É o que sugere
uma pesquisa britânica encomendada pelo Fórum da Infância e da Criança (ITF, na sigla em inglês),
instituição especializada em nutrição e desenvolvimento na infância.
De acordo com o levantamento, 79% das crianças com idade entre 1 e 4 anos
recebem porções maiores do que o recomendado para sua idade.
A pesquisa pediu que 1.000 pais olhassem para fotos de alimentos e
selecionassem o tamanho das porções que dão a seus filhos. Os pesquisadores
perguntaram também com que frequência os pais davam certos alimentos, como
guloseimas e frituras, às crianças.
Os resultados mostraram que 10% dos pais dão aos seus filhos uma porção
de espaguete à bolonhesa ou sanduíche de queijo que seria adequada para
um adulto. Cerca de 71% dos pais também ofereciam rotineiramente a
seus filhos uma porção maior de batatas fritas do que o recomendado — e com
frequência. Quase metade (45%) também disse oferecer o alimento a seus
filhos entre duas e três vezes por semana, 17% de quatro a seis vezes e 6%
diariamente. Apenas um quinto disse dar batatas fritas às crianças apenas uma
vez por semana.
A
pesquisa também mostrou que 65%dos pais ofereciam cotidianamente muita
polpa ou suco de frutas às crianças e 24% dos pais tinham como costume dar aos
filhos um pacote inteiro de balas de gelatina (o triplo da quantidade
recomendada) como um agrado.
Apesar dos resultados, 73% dos pais disseram estar preocupados que seus filhos
não comam o suficiente e apenas 25% disseram estar “muito confiantes” sobre a
quantidade de comida que davam para seus filhos. Outro dado preocupante:
enquanto 36% dos pais admitiram usar comida ou bebida como uma forma de acalmar
as crianças , apenas 25% estavam preocupados que seus filhos se tornassem
obesos no futuro.
“O tamanho da porção que as crianças estão recebendo é
preocupante. Essa é uma das principais formas que os pais podem
inadvertidamente alterar o sistema de autorregulação das crianças. Porções
maiores formam nossa aceitação sobre o que é uma quantidade adequada para comer
e isso acaba se tornando a regra. Em outras palavras, a quantidade [de comida]
que você oferecer, muitas vezes determina o quanto seu filho vai comer e
hábitos adquiridos no início da vida tendem a persistir”, disse Gill Harris,
psicólogo infantil e membro da ITF.
Diante disso, o fórum
criou uma cartilha para mostrar aos pais qual é a quantidade de comida
recomendada para uma criança. “Nunca é cedo demais para começar a promover
hábitos alimentares saudáveis”, afirmou Harris. Veja abaixo as recomendações do ITF:
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